O valor do benefício do novo programa social do governo, que deve se chamar Auxilio Brasil, já causa o primeiro atrito entre e equipe do ministro da Economia Paulo Guedes e o centrão, agora no coração do governo, com a Casa Civil.
A previsão era que a medida provisória que cria o novo programa social e a proposta de emenda constitucional dos precatórios, que abre espaço para pagamento de um bônus à população de mais baixa renda, fossem enviados até esta sexta-feira ao Congresso.
O texto da PEC, formulado pela área econômica, foi para o Planalto ainda na terça-feira. Lá, empacou.
A disputa está em como se dará a distribuição do percentual de venda de ativos para os beneficiários do programa social.
Governo negocia valor do benefício em novo programa social
A área econômica defende um pagamento anual ou semestral, como empresas pagam distribuição de lucros. O valor iria variar de acordo com a venda de ativos e privatizações.
A área política, contudo, quer uma distribuição mensal, de forma a criar o sentimento de que o programa social paga um valor mais alto do que os atuais R$ 300 previstos — e que cabem na regra do teto de gastos, segundo estimativas do Tesouro. Técnicos do governo afirmam que uma distribuição mensal se torna despesa recorrente e não pode ocorrer fora do teto de gastos, ao contrário de um bônus eventual.
Fonte: G1