Sindicato e trabalhadores dos Correios repudiam atitude do Dep. Hugo Motta em votar a favor de projeto de privatização da empresa

A Câmara dos Deputados aprovou, por 280 votos a 165, o regime de urgência para o Projeto de Lei 591/21, do Executivo, que autoriza a exploração dos serviços postais pela iniciativa privada, inclusive os prestados hoje em regime de monopólio pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), estatal 100% pública. O requerimento de urgência foi apresentado pelo deputado federal paraibano Hugo Motta (Republicanos).

Sobre esse assunto, a reportagem do Blog do Jordan Bezerra foi procurada, na noite desta terça-feira (20), por representantes dos Correios e servidores para lamentar a postura do deputado federal Hugo Motta, líder do Republicanos na Câmara dos Deputados, que votou a vator do projeto que pede urgência na privatização dos Correios e em boa parte dos serviços. Os servidores afirmam que votaram no deputado para receber o apoio dele e agora foram traídos.

Apenas dois deputados paraibanos votaram contra a privatização dos Correios, são eles: Gervásio Maia (PSB) e Frei Anastácio (PT. Os demais deputados seguiram a intenção do presidente Bolsonaro, que é de privatizar a estatal.

A Frente Parlamentar em Defesa dos Correios emitiu uma nota em que afirma haver contradições entre os partidos do Centrão e os deputados estão confusos. A nota diz ainda que é possível reverter a votação, fazendo pressão contra os deputados para que mudem os seus votos. A organização conclama ainda manifestações sem aglomeração para conscientizar sobre o pleito e chamar a atenção de prefeitos, vereadores e sociedade em geral.

De acordo com o Projeto de Lei, será de responsabilidade da União os serviços mais básicos, como encomendas simples, cartas e telegramas, ficando a cargo de empresas privadas os serviços mais complexos.

O outro lado

A reportagem do Blog do Jordan Bezerra entrou em contato com o deputado federal Hugo Motta e com sua assessoria de imprensa, mas até o momento não houve resposta. O espaço fica disponível para os possíveis esclarecimentos do parlamentar.