Após ordem de Moraes, coronel do Exército Bernardo Romão é preso pela PF no aeroporto de Brasília

Militar, alvo da operação que investiga suposta tentativa de golpe, foi detido ao voltar de viagem dos Estados Unidos na madrugada

Por Portalvirgulaparaiba.com em 11/02/2024 às 22:40:43

A PF (Polícia Federal) prendeu, na madrugada deste domingo (11), o coronel Bernardo Romão Correa Neto quando ele desembarcou dos Estados Unidos no Aeroporto de Brasília. Correa Neto é alvo de um mandado de prisão preventiva decretado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes — outras três pessoas, incluindo um major do Exército, já tinham sido detidos na Operação Tempus Veritatis. A informação foi confirmada pelo STF ao R7, parceiro nacional do Portal Correio.

O coronel, que está no Batalhão da Guarda Presidencial, passou por audiência de custódia às 11h e continuou preso. No entanto, ainda haverá uma decisão do ministro Alexandre de Moraes a respeito da prisão, que não tem data para acontecer.

A reportagem do R7 tenta contato com a defesa do militar, que foi recebido no aeroporto nesta madrugada pelos agentes federais. O coronel é investigado por suposto envolvimento nos crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado democrático de direito.

Na última semana, a operação da PF que investiga o caso deteve o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, além de outras três pessoas que também tiveram a prisão preventiva decretada e o cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão em nove estados e no Distrito Federal. Costa Neto foi solto ontem à noite após decisão de Moraes.

Operação Tempus Veritatis

Segundo a PF, inicialmente, 16 militares são investigados por pelo menos três formas de atuação. A primeira é a produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto à segurança das eleições de 2022 para estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas.

O segundo ponto de atuação dos militares investigados pela PF seria de apoio às ações golpistas, reuniões e planejamento para manter os atos em frente aos quartéis, incluindo mobilização, logística e financiamento para auxiliar os manifestantes.

Havia ainda o "Núcleo de Inteligência Paralela", que seria formado pelos militares Augusto Heleno, Marcelo Camara e Mauro Cid. Esse grupo faria a coleta de dados e informações que auxiliassem a tomada de decisões do então presidente da República na consumação do golpe.

Fonte: R7

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