"Cura depende de diagnóstico precoce e conviver com o câncer é realidade possível", garante oncologista

Ao ser questionado sobre os medicamentos que seguem sendo estudados para a cura do câncer, ele enfatizou que a medicina já avançou muito, mas que é a prevenção é ainda a alternativa mais concreta.

Por portalvirgulaparaiba.com em 03/02/2023 às 23:24:05

Vários fatores de risco como comportamentos não saudáveis, bebidas alcoólicas, tabagismo, genética e sedentarismo contribuem para o surgimento de células cancerosas. Assim alertou o oncologista Phd. Dr. Thiago Lins, que faz parte do Hospital Napoleão Laureano (HNL), em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta sexta-feira (3), na véspera do Dia Mundial do Câncer.

"Temos vários fatores. Antigamente, atingíamos ate 40 anos de idade, que era a idade média de sobrevida da sociedade. Hoje, ultrapassamos 80 anos de vida. Nós temos aí, anos de alimentação errada, tabagismo, fatores de stress maior na sociedade, ausência de atividade física, e todos esses fatores vão danificando o DNA celular com o tempo e o envelhecimento, causando os maiores câncer que temos hoje na atualidade", explicou.

Como acompanhou o ClickPB, o médico lembrou que o câncer é uma doença genética que se desenvolve do acúmulo de mutações genéticas com alguns genes do DNA trabalhando como defensores contra o desenvolvimento da doença ou não.

"As células cancerígenas se originam de células normais. Elas também são danificadas durante os tratamentos, a exemplo de quimio, radioterapia, as vacinas. Então, uma terapia que previne o câncer, tem tanto o efeito benéfico como maléfico. Toda intervenção tem um efeito colateral. Para sobrevivência em nossa vida, nós temos sempre um equilíbrio e desequilíbrio. Quando as células tem mutações, a própria célula tem um maquinário de reparo. Se esse reparo é eficaz a célula vai ser reparada de continua normalmente. Se esse maquinário não é eficaz, a mutação se multiplica e aí surge o combate do sistema imunológico, sendo eficaz o próprio organismo deixa a doença tratada, do contrário tem que haver o tratamento. Por isso, vivemos muitos anos sem saber que temos a doença, por ser células microscópicas", destacou.

Ao ser questionado sobre os medicamentos que seguem sendo estudados para a cura do câncer, ele enfatizou que a medicina já avançou muito, mas que é a prevenção, a alternativa mais concreta. Destacando ainda os casos de sucesso com pessoas que convivem com o câncer, assim como demais doenças, a exemplo da diabetes.

"Com o conhecimento avançando e diagnostico mais precoce a gente consegue tratar e até curar aqueles pacientes com diagnóstico mais inicial e até mesmo quem já está avançado conseguem tratar. Existem pacientes com metástase que conseguem viver com um tratamento continuo e estacionar o câncer, deixando a doença controlada, como outras doenças, a exemplo da pressão alta, diabetes", disse.

A genética tem porcentagem na manifestação do câncer, mas os fatores externos, como hábitos ao longo da vida, também agregam para desencadear a patologia. Existem os exames de genes marcadores tumorais, que torna capaz a detecção de alterações genômicas para um diagnóstico preciso, personalizado e antecipado.

"Antigamente a expectativa de vida era de seis a dose meses. Hoje, já se consegue ultrapassar quatro ou cinco anos, mesmo metastático. Mas a cura ainda não existe, só a prevenção", avaliou.

Fonte: Clickpb

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