Internações de idosos e profissionais de saúde diminuem após vacinação contra Covid na Paraíba

Por portalvirgulaparaiba.com em 07/05/2021 às 22:39:52

Passados 108 dias desde o início da campanha de vacinação contra Covid-19, a Paraíba já registra dados positivos. Os primeiros grupos a serem imunizados, como idosos e profissionais de saúde, reduziram participação no número de internações.

O secretário executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde do Estado, Daniel Beltrammi, destaca que entre janeiro e março o número de idosos com idade a partir de 60 anos internados caiu 11%. O período representa justamente o tempo necessário para que o organismo crie imunidade a partir da Coronavac, primeira vacina a ser distribuída na Paraíba.

"Como não houve mudança na situação epidemiológica, essa é uma vitória que podemos atribuir à vacina. Também verificamos melhora no que diz respeito aos profissionais de saúde. Eles logicamente estão mais expostos ao risco de infecção, mas percebemos que muitos deles, mesmo infectados, tiveram apenas sintomas leves. Isso também é resultado da vacina", diz.

Daniel Beltrammi, avalia, por outro lado, que o ritmo de vacinação no Brasil ainda está aquém do desejado. Até essa quinta-feira (6), a Paraíba havia aplicado 1.032.670 doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 702.276 primeiras doses e 330.394 segundas doses. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população estimada do estado é de 4.039.277. Com isso, pode-se dizer que cerca de 17,38% da população recebeu a 1ª dose de vacina contra Covid-19. A taxa de imunizados com as duas doses necessárias é de 8,17%.

"Temos um grupo prioritário composto por cerca de 1.300.000 pessoas para vacinar. Chegamos a atingir quase metade desse público com a primeira dose. Nosso caminho é longo. A Paraíba trabalha de forma intensa para distribuir as vacinas, mas sabemos que poderíamos alcançar uma capacidade superior se a quantidade de doses enviadas ao estado fosse maior", analisa.

O atraso na importação de vacinas prontas e dos ingredientes farmacêuticos necessários à produção de imunizantes no país impossibilita a Paraíba de estimar quando será possível falar de vacinação em massa.

"Eu gostaria muito de falar sobre vacinação para população geral. Infelizmente, a quantidade e a frequência com que as vacinas chegam ao estado não me permite fazer essa previsão. Estamos acompanhando muito atentamente o cenário internacional. Com o agravamento da pandemia em países asiáticos, como a Índia, podemos enfrentar uma resistência ainda maior para conseguir os insumos. Os próximos dias serão muito decisivos para nós", observa Daniel Beltrammi.

Enquanto a vacina não chega para todos, a única forma de combater o avanço da pandemia é respeitando o distanciamento social, o uso obrigatório de máscaras e a higienização frequente das mãos. Leitos de hospital que, há um ano, eram ocupados majoritariamente por idosos ou pessoas com comorbidades agora estão recebendo muitos adultos jovens sem histórico de doenças associadas.

Um ano depois da chegada do novo coronavírus à Paraíba, o cenário ainda é preocupante. Na prática, o estado nunca saiu da 1ª onda. Para haver mudança de uma onda para outra é necessário que haja variação negativa de mais de 60% do número de casos confirmados, seguido de um intervalo que dure mais de oito semanas. Na Paraíba, a curva de contaminação nunca caiu consideravelmente, como mostra o gráfico interativo atualizado diariamente pelo Portal Correio com base em dados da Secretaria de Estado da Saúde.


Fonte: Portal Correio

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